18.1.14

Meu belo horizonte

Com a leveza duma pluma, o pássaro de ferro deixa o chão. Sinto a sensação engraçada da inércia sobre o meu corpo, que não quer voar. E voamos rumo ao céu choroso, carregado - que, de repente, é revertido em sol glorioso, num por-sobre cama de algodão-doce, num prisma de mil cores... Vejo cada poeirinha através desse sol de manhã de janeiro, flutuando gentilmente no ar... Dou até-breve à imensidão azul que deixo pra trás. E, como Dédalo, passamos rente ao sol que escalda sem derreter as asas. Nós somos feitos de luz como o sol, como as estrelas: luz que amanhece poderosa todos os dias, que dá energia pro viver-feliz... Voo rumo ao mar verde-montanhoso, pra perto da canção alegre da minha alma, pra perto da chuva milagrosa que sobrepõe o prisma branco e dá vida à verdura das serras. Estou chegando em casa.

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