25.8.09

Insônia

Pois bem. Eu deveria estar dormindo. Amanhã é dia das três Biologias atacarem novamente (provas trimestrais, sabem como é), e meu dia vai começar, em tese, às 6:00 da manhã. É claro que na prática vai começar às 6:40 com meu pai batendo freneticamente na minha porta e eu levantando desesperada pra conseguir ir ao banheiro, me vestir, tomar café, escovar os dentes, e, sobretudo, acordar antes das 7, mas isso a gente desconsidera.

Bem, se eu conseguisse dormir, eu o faria de muito bom grado. O que acontece é que eu não consigo, porque todos da minha família resolveram conversar aos berros agora, quase meia noite, e eu tive a brilhante ideia de tomar coca cola de noite, quando fui no novo Camelô dos Pães, digo, na nova Grife dos Pães, a padaria Vianney ultra high-tech-metida-à-besta que abriu. Tô sentindo que eu coloquei wassabi no nariz de tão acordada que eu tô.

Então eu aproveitarei esse angustiante momento de insônia para fazer alguns esclarecimentos acerca do meu querido blog semi-abandonado.

1. Não, o meu blog não está abandonado, tanto que eu estou escrevendo nele neste exato momento. Eu só não encontro inspiração para fazê-lo todos os dias;

2. Sim, eu mudei o layout e o nome do blog *O* De tempos em tempos a gente tem que fazer algumas mudanças, e eu achei essas mudaças bastante plausíveis. O novo nome do blog, Xadrez & Laços, foi baseado em nada mais nada menos do que em uma blusa que eu tenho - sim, uma blusa - da Karola, que é xadreza e tem um laço;

3. Só pra deixar claro, o antigo nome do blog, Where you End?, é nome de uma música do Moby.

4. Não, eu não tenho nenhum tipo de tara por Física. Estava justamente reparando agora na minha lista de blogs, e eu tenho dois - D-O-I-S - blogs sobre Física. Mas, só pra esclarecer, um é o blog do meu pai, o Física Fácil, e o outro é do departamento de Física do Colégio, que o professor usa pra colocar matéria e coisas pra gente baixar, o Física Para Todos.

Bem, é basicamente isso. Vou tentar dormir; amanhã o dia é hard.

Beijos a cada um de vocês (ou não) e boa noite.

16.7.09

Teoria mais que maluca

Ontem fui ver Harry Potter e o Enigma do Príncipe com um bando de amigos e gente pseudo-conhecida e desconhecida. Foi uma maravilha, o cinema inteiro gritou quando começou o trailer, depois quando apagou a luz, e quando passou o trailer de Lua Nova (¬¬'), no trailer de Os Normais 2 (que, btw, eu PRECISO ver *O*), quando começou o filme e em qualquer cena picante/ousada/assustadora. Além disso, como se já não bastasse, ontem JUSTAMENTE NA HORA DA SESSÃO estava tendo a final da Libertadores, Estudiantes x Cruzeiro. Então, as pessoas pottermaníacas e (como se já não bastasse) ao mesmo tempo doentes por futebol estavam, durante a sessão de cinema, acompanhando o jogo por seus devidos celulares. Isso implica que quando era gol, algum espírito de porco simplesmente BERRAVA ‘GOOOOOOOOOOOOOOOL’, e isso era suficiente para o cinema inteiro começar a berrar e torcer para seus respectivos times. Metade do cinema gritando ‘GALO’, a outra metade gritando ‘ZERO’ e eu lá, no meio, tentando inocentemente ver o filme. Só para deixar claro: NÃO, EU NÃO TORÇO PARA TIME NENHUM, a não ser pra Seleção Brasileira na copa. Tá certo, o Cruzeiro é mais simpático que o Atlético, mas eu não torço.

Bem, o filme continuou, até que apareceu uma breve cena do Voldemort jovem, seguida de uma outra do Voldemort mais velho. E foi aí que eu comecei a viajar. E, meu amores, quando eu viajo, pode saber que eu vou longe.

Eis a minha viagem: Seria Voldemort fruto de uma inspiração inconsciente em Michael Jackson? Sim, eu sei que parece ridículo, mas vejam bem: ambos eram crianças extremamente talentosas, mas que, apesar disso, pareciam ser normais. Depois, quando cresceram, chegaram num ponto que começaram a virar freaks; ambos ficaram muito estranhos e sem nariz. Além disso, ambos buscam, através de seus respectivos talentos e de sua fama, a imortalidade. A diferença é que Jackson dança e Voldemort mata - e, é claro, que Jackson milagrosamente era negro e ficou branco, enquanto Voldemort nunca mudou a cor de sua pele.

Doideira? Talvez. Eu não sou mesmo a pessoa mais normal do mundo.

Mas me parece uma boa teoria.


28.2.09

Atitude Filosófica

Rotininha cinzenta. Todos os dias a mesma coisa, a mesma rotina: acordar cedo, ir à aula, ver sempre as mesmas caras, ouvir as mesmas vozes dos mesmos professores, voltar para a mesma casa, comer o mesmo almoço, fazer os mesmos deveres, frequentar (maldita mudança ortográfica) às mesmas aulas de tarde, entrar na mesmíssima internet de todas as noites... E tudo acontecendo sempre igual, sempre o mesmo, sempre aquela rotina.

E foi sendo assim, dia após dia... Até que eu ouvi um texto que mudou completamente minha visão. Esse texto, que é de autoria de Charles Chaplin, foi lido em minha presença, e me prendeu a atenção. Enquanto o ouvia e depois de ouví-lo, refleti profundamente sobre a vida, e cheguei à uma conclusão. Uma nova conclusão.

E eis minha conclusão: Tudo depende do seu ponto de vista. E isso porque tudo tem dois lados. Um lado melhor, e outro pior. Se você quiser enxergar o lado pior, será pior. E, se quiser enxergar o melhor, assim será.

Então, de repente, todo aquele mundo cinza e igual aos meus olhos de antes se revelou um mundo colorido e cheio de coisas maravilhosas aos meus novos olhos. De repente, vi que toda essa mesmice é, na verdade, a cada dia inovadora. Vi que todas essas mesmas caras de todos os dias são os meus amigos, e que essa mesma aula é uma fonte praticamente infinda de novo aprendizado, que aquele mesmo colégio, um colégio onde eu me sinto bem, oferece. Aprendizado esse que aqueles mesmos professores transmitem para nós com uma (na maioria das vezes) enorme boa vontade.

Nada é tão ruim quanto possa parecer, não mesmo.

"Tudo depende de mim!
Levanto de manhã pensando no que devo fazer antes do relógio marque meia-noite. É minha função que tipo de dia eu vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo...
Ou agradecer às águas por lavarem a poluição e por renovar o ciclo das flores, das frutas.

Posso ficar triste por não ter dinheiro...
Ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde...
Ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria...
Ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar...
Ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com as tarefas de casa...
Ou agradecer a D'us por ter teto para morar.

Posso lamentar decepções com amigos...
Ou me entusiasmar com a possibilidade de novas amizades.

Se as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por ter o hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
TUDO DEPENDE SÓ DE MIM"

Charles Chaplin

24.7.08

Músicas ao vivo

Eu achei no YouTube ontem uma música que eu já comentei aqui, Everloving, do Moby, tocada ao vivo.






Eu simplesmente adooooro essa música, e, quando eu gosto de uma música, eu ouço ela até o disco furar. No caso, eu assisti o vídeo umas vinte mil vezes (além das vezes que eu já tinha assistido, uma vez que eu tenho esse DVD) até a tela do computador queimar (mas, é claro, isso é um modo de dizer). Bem, eu vi e revi tantas vezes que um fato me chamou a atenção: a música é tocada inteiramente ao vivo. Bem, aí eu peguei meus DVDs do Moby (Play, 18 e Hotel) e comecei a assistir e, realmente, as músicas são reproduzidas AO VIVO nos shows. E o mais legal disso tudo é que têm músicas bem eletrônicas que poderiam muito bem ser apenas uma gravaçãozinha remixada e, não, são tocadas inteiramente ao vivo.

Não são muitos os artistas que tocam ao vivo suas músicas nos shows. Os DJs fazem seu trabalho de DJing (o Moby inclusive, atualmente, mas também é porque tem a ver com o novo álbum dele), outros põe uma gravação e cantam, como se fosse um karaokê, outros põe a música gravada e simulam que estão tocando (que coisa ridícula!). Eu acho bem legal esses artistas que valorizam a música com instrumentos musicais. Digo, música sendo tocada de verdade. Dou destaque pro Moby que consegue fazer isso com música eletrônica, mesmo que não esteja fazendo tanto isso nesse ano.

Aí embaixo, Feeling so Real, do Moby, ao vivo no festival de Glastonbury em junho de 2003.



Algumas pessoas se esqueceram, mas ao vivo é mais legal.

17.7.08

Discos de vinil

Estou, finalmente, de férias! E isso significa um tempinho a mais pra escrever aqui! Bem, eu ganhei meu Last Night, e, como eu presumi, é simplesmente fantástico. Vale a pena conferir, de verdade.

Mudando um pouco o rumo, estava fazendo escavações arqueológicas no meu e-mail e achei uma coisa interessante que minha irmã me mandou faz tempo. Era um artigo falando da volta do disco de vinil. Me interessou, eu cliquei, li, e tal foi o interesse que estou postando sobre isso.

Enquanto a venda de CDs cai a cada dia, a venda de LPs cresce. A popularidade do negócio tá tão grande que a preferência de alguns artistas é lançar suas músicas na internet (vide iTunes) e em vinil, nem é em CD mais. Os donos de fábricas de discos de vinil estão faturando. Hoje eles têm 4 vezes o lucro do que nos anos 80. Esse lucro, é claro, se dá também por causa do aumento preço do petróleo (matéria-prima para a confecção do vinil), mas boa parte dele é por causa do crescimento de sua venda no mercado.

E nós nos perguntamos: por que isso? Dois motivos:

  1. Os novos toca-discos têm entradas para USB, o que permite e facilita a conversão das músicas em mp3.

  2. O som do disco de vinil é mais cheio do que o do CD. O CD, apesar de trazer um som mais límpido, traz também um som mais 'magro' e às vezes metálico. Quando é necessária a reprodução do material original, o vinil é mais recomendável, pois seu som é mais preciso.
Além disso, é muito mais divertido escolher discos e trocá-los do que apertar botões.
Dica de hoje: Raining Again, Moby (Hotel)

8.6.08

Last Night

Eu admito: da primeira vez que eu ouvi alguma coisa do novo álbum do Moby, 'Last Night', eu não gostei. Mas acontece que, como sempre, da quinta vez que eu ouvi 'Disco Lies', um dos singles, eu simplesmente cheguei à conclusão que o álbum novo é TUDO de bom!

É claro, foge um bom tantinho do 'old Moby', aquele jeitão dele de músicas melancólicas... O álbum novo é mais animado e dançante que os outros, mas não deixa de ser consistente. Digo, as músicas são muito bem feitas com toda certeza.

Bem, eu estava navegando no Google ontem procurando o artwork (a capa do CD, como se fosse) do Last Night pra colocar no meu iPod e achei um site falando sobre o álbum. E, é claro, pra variar, eu descobri que o Moby tinha segundas intenções ao fazer Last Night. O álbum é baseado nos anos 70 e é uma tentativa de resumir uma noite inteira em 60 minutos de música (tarefa complicadinha): a excitação inicial, o ponto alto, a confusão das 2 da manhã e a emoção do nascer do sol em Nova York.



Já, já Last Night vai entrar pra minha coleção! =)

26.3.08

Hoje, um livro...

Pois bem. Não vou escrever exatamente sobre MÚSICA hoje, mas sobre um livro (que é mais ou menos sobre música). Bem, já tem algum tempo, eu tava desesperada por algum livro pra ler. Alguma coisa mais por diversão, e eu tava procurando justamente um livro que falasse um pouco sobre magia, alguma coisa mais fictícia, porque eu gosto de ler essas coisas. Bem, eu fui na Leitura [http://www.leitura.com.br/], e não tinha absolutamente NADA pra ler. Todos os livros que eu eventualmente tinha ouvido falar e poderiam ser bons estavam em falta, todas as séries que eu estava lendo estavam com o volume que faltava para mim em falta e todas as séries que eu queria começar a ler estavam com o 1º livro em falta. Resumindo: tava TUDO desfalcado. Eu já tava indo embora irritada e pisando duro quando meus olhos passaram sobre um livro verde com o título em dourado largado. Nem chamou tanto a atenção, mas por algum motivo eu peguei ele. Vi o título: 'JJ e a Música do Tempo', de Kate Thompson. A primeira coisa que eu pensei foi: 'Putz, esse povo consegue criar CADA título brega...'. Eu já tava colocando ele de volta na prateleira quando uma coisa me chamou a atenção. Tinha um desenho de um menino segurando alguma coisa, bem pequenininho na capa do livro. Eu olhei melhor e vi que era um violino! Aí eu me interessei e li as orelhas do livro. Depois de ler e gostar, eu comprei, e o livro é muito bom, apesar desse título maravilhoso.

Trata-se de um menino irlandês de 14 anos que toca violino super bem, já que é de uma família de músicos. Ele percebe que o tempo está passando mais rápido a cada dia e, a pedido da sua mãe, ele vai em busca do tempo perdido. Quando JJ (que é o personagem principal) tenta recuperar o tempo, ele descobre várias coisas sobre música e sobre o passado de sua família.

O legal é que o livro é uma mistura de mitologia irlandesa (adoro!) e música. Vários personagens são músicos, e é legal que eles se reunem em pubs pra tocar música folclórica irlandesa, que, na Irlanda, todos conhecem, e se divertir. Outra coisa legal no livro é que a cada capítulo tem uma musiquinha irlandesa pra tocar no violino, mas é um pouco diferente do que eu estou acostumada.

Bem, eu fiquei tão entusiasmada com Irlanda e essas coisas quando eu acabei de ler que eu pedi pra minha irmã comprar um livro de música irlandesa para violino [The Irish Fiddle Book por Matt Cranitch], já que ela ia lá pra essa região. Bem, eu ainda não toquei nada do tal livro, mas já dei uma olhada, e, enfim, eu tenho o livro.

Bem, já que eu falei de um livro, indicarei outros livros. Eu descobri que os escritores Irlandeses são muito bons. Pra quem gosta de magia e ficção, vou indicar o autor Eoin Colfer. Seus livros 'Artemis Fowl' (é uma série, vai até o volume 5) e 'A Lista dos Desejos' são muito bons.

17.3.08

Haja paciência...

É engraçado como umas músicas e/ou artistas entram na modinha de repente, não é? E algumas saem da modinha com a mesma velocidade que entraram. Exemplos? Ok, eu dou exemplos. Sabem o FatBoy Slim? É, ele mesmo, todo mundo sabe. Muita gente não conhecia ele antes dele vir pro Brasil. A maioria dos meus amigos (e acredito que da população em geral) odiava ele (mas a verdade é que nunca nem tinha ouvido sequer uma música pra saber se gostava ou não. Que nem jiló. Não comi e não gostei). Bastou o cara vir pro Brasil, dar uns shows aqui e ali, aparecer no Big Brother e pronto. Já virou a sensação do momento, cada barango na esquina passou a amar de paixão o pobre do DJ, o cara foi rotulado musicalmente. E nós, os fãs desde sempre?? Quando só nós gostamos, os outros odeiam... É só o cara aparecer lá no BBB que a gente até perde o lugar pra quem só curte modinha. AH, ODEIO ESSA CASTA. Tenha seu estilo próprio, se identifique com um estilo musical, um artista, uma música, sei lá! Agora o FatBoy Slim tá em fase de esquecimento, só quem realmente é fã vai continuar ouvindo.

Então pra quem é realmente fã, quem nunca ouviu mas curte eletrônica ou pra quem quiser: 'Lazy' e 'The Sexiest Man of Jamaica', do FatBoy Slim; e do Moby, 'Machete' e 'Very'.

1.3.08

U2, Moby...

Depois de um período de desespero sem inspiração, estou de volta!

Hoje estava lendo uma notícia sobre o novo álbum do U2, que ainda vai ser lançado... De acordo com Bono Vox, será uma mistura de TRANCE, METAL e terá INFLUÊNCIAS MARROQUINAS. Parece até aqueles sorvetes a quilo que a gente pega 20 sabores diferentes cada um mais nada a ver que o outro, tipo açaí, chocolate, pistache e doce de leite, e ainda coloca um monte de balinhas de gelatina por cima e calda de chocolate que endurece. Como as coisas se misturam... Mas, e quem disse que misturas estranhas não são boas? Quem disse que calda que endurece não combina com sorvete de doce de leite?

Acho que podemos esperar bastante desse álbum, já que o U2 declarou que estão tentando criar algo totalmente novo, 'uma obra-prima'. Ao que tudo indica, a banda está trabalhando pesado nesse álbum, e Bono está explorando um novo ângulo na composição das letras. Parece que o álbum será duplo e ainda não tem data prevista para o lançamento.

Outra coisa que eu estava vendo aqui agora, que já tem algum tempinho mas mesmo assim eu não sabia e achei interessante, é que o Moby disponibilizou algumas músicas suas no site http://www.mobygratis.com/ para cineastas usarem em filmes independentes. Caso o filme ganhe distribuição comercial, o Moby pede que uma doação seja feita ao site.

De acordo com o próprio Moby, a iniciativa foi tomada por causa de reclamações de amigos dele e cineastas desesperados que não conseguiam um acordo com alguma gravadora para conseguir a liberação de músicas por um preço razoável para seus filmes.

Uma dica: 'Find My Baby', Moby, álbum Play.

9.2.08

Serenatas, marchinhas de carnaval...

Belo Horizonte é o pior lugar do mundo, em todos os sentidos, pra passar o carnaval, a não ser que você queira dormir o dia inteiro.

Eu não gosto de carnaval, mas mesmo assim é péssimo! Uns podem pensar 'ah, que isso, se não gosta de carnaval, devia ficar feliz porque a cidade tá toda vazia e não tá em clima de muvuca'... Mas em Belo Horizonte não acontece NADA. Absolutamente NADA abre no carnaval, 70% dos seus amigos viajam e não se vê UM cara doido na rua cantando músicas de carnaval... Ninguém sai de casa, de modo que se alguém quiser deitar pelado no meio da rua não tem problema nenhum. Ninguém vai ver e nenhum carro vai passar.

Bem, na falta do que fazer e na falta da sombra de carnaval que geralmente dá uma passadinha por BH, compramos um CD de marchinhas de carnaval, sambas e essas coisas... E, bem, até que é divertido! Principalmente depois de colocar no som do carro, ligar no volume máximo, abrir todas as janelas e dar uma volta na Bandeirantes. O CARNAVAL DEU UMA VOLTA NA BANDEIRANTES. Hahahaha!

Ah, mas aí eu comecei a pensar. O carnaval devia ser tão melhor antigamente, que não tinha axé, música baiana, funk, baixaria, pegação, multidões suadas e caras pegajosos bêbados. Era uma coisa tão mais inocente e, sei lá, divertida...

As marchinhas, além de ser engraçadas, são bem feitas, bem compostas, inteligentes, originais... E isso é coisa de 70 anos atrás!!

Então estava pensando sobre isso e lembrei das tais das serenatas... Imagina que divertido: no meio da noite, você acorda com uma música romântica tocada ao vivo, e quando você percebe, essa música está sendo tocada para VOCÊ! Não é demais? O cara que tá a fim de você contrata uma 'bandinha' e vai pra porta da sua casa tocar músicas românticas no meio da noite! Isso devia ser realmente muito legal! Por que isso acabou??? Talvez porque 70% da população mora em prédios? rsrs, ah, sei lá.

Mudando totalmente de estilo, recomendo 'Love Story' do FatBoy Slim. Só não confundam essa música eletrônica e boa com 'Boladona'. rsrs

31.1.08

Bem crítico!

Outro dia eu estava vendo (mais uma vez) o DVD da Ana Carolina com o Seu Jorge, e (mais uma vez) a música 'Notícias Populares' me chamou a atenção. A música é muito boa e a letra é bem crítica... Mostra de um jeito harmônico e musical um pouco da realidade em que vivemos, também com o ponto de vista dela.

O que aconteceu pra Ana Carolina escrever essa música com uma letra tão real e reflexiva foi que ela levou um tiro no vidro do carro dela. No mesmo dia, ela chegou em casa ainda um pouco assustada com o que tinha acontecido e escreveu a música inteira. O que eu estava pensando é: será que precisamos de um 'empurrão' tão grande pra nos expressar? Digo, a Ana Carolina escreveu a música depois de ter levado um tiro no vidro do carro, e ela colocou na letra da música o que ela estava sentindo... Mas, as vezes ela estava sentindo aquilo já fazia tempo, e só foi se expressar quando chegou no ponto mais crítico da situação. Foi a gota d'água.

Assim, não sei se dá pra me entender, mas as vezes eu tenho a impressão que as pessoas não conseguem se expressar direito e precisam de algum acontecimento absurdo que as levem a fazer alguma coisa...

De qualquer jeito, a música é muito boa então tá aí ela ao vivo pra vocês conferirem:




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